quarta-feira, 11 de junho de 2008

Eleição de Obama pode despertar os EUA a questões políticas, diz professor


Décadas após os movimentos civis desencadeados pela eleição do presidente John F. Kennedy (1961-1963) e pelo líder afro-americano Martin Luther King --cuja morte fez 40 anos em 4 de abril-- uma eventual vitória do pré-candidato democrata Barack Obama nas eleições gerais de 4 de novembro pode desencadear um movimento sem precedentes na sociedade civil norte-americana, na opinião do professor de Harvard e ativista político Marshall Ganz.

"Eu acho que cerca de 40 anos após os assassinatos de [Martin Luther] King e de [John F.] Kennedy, que deixaram o país na escuridão, temos uma nova oportunidade," disse Ganz, que leciona em Harvard e faz pesquisas sobre liderança, organização e estratégia em movimentos e associações civis e políticas, em entrevista por telefone à Folha Online.

O especialista diz acreditar que a eleição de Obama seria uma "oportunidade para a sociedade americana voltar a ser protagonista de mudanças expressivas nos rumos do país".

"Quando John F. Kennedy foi eleito presidente, ele não teve a iniciativa de promover os direitos civis. Mas o fato de ele ser o presidente encorajou os líderes dos movimentos de direitos civis a mobilizarem suas bases. Eu acredito que o momento atual é o de aproveitar a oportunidade que a candidatura de Obama apresenta", diz o professor, que é PHD em sociologia por Harvard e antes de se tornar acadêmico, nas décadas de 1960 e 70, foi um ativista em sindicatos, organizações políticas, comunitárias e de direitos civis.

Para o analista, o tipo de liderança política que o senador Obama oferece ao país já foi experimentada de forma semelhante em outros momentos. "Nós a vimos em [Abraham] Lincoln, em [Franklin] Roosevelt (1933-1945) e em [Ronald] Reagan (1981-1989). Estes presidentes perceberam que mover a política em uma direção diferente significaria mexer com as tradições, valores e fontes morais mais profundos na cultura política deste país".

Esquerdas no poder na América Latina


De acordo com a cientista política Céli Regina Pinto, nunca a América Latina teve tantos governos alternativos às estruturas antigas de poder. “E o Brasil, com o Partido dos Trabalhadores, foi inaugural neste panorama, seguido de todos os outros.” Na Argentina, Néstor Kirchner (2003); no Uruguai, Tabaré Vásquez (2005); no Chile, Michelle Bachelet (2006); na Bolívia, Evo Morales (2006); na Venezuela,

Hugo Chávez (2000 e 2006); no Equador, Rafael Correa (2007).
Céli, que é professora do Departamento de Ciências Políticas do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS, destaca o desenvolvimento de bolsões de pobreza nos últimos anos como um dos aspectos importantes para o estabelecimento do atual quadro político. “O empobrecimento resultou do radicalismo neoliberal, e é justamente o aprofundamento desta desigualdade que une as esquerdas latino-americanas em torno de um único objetivo: superar o profundo fosso entre os ricos e os pobres.”

Mas os novos governos têm características muito próprias e podem ser classificados em três tipos de esquerda: a partidária, a populista e a dos movimentos sociais. No primeiro segmento, Céli inclui o Brasil, a Argentina e o Chile; no segundo, a
Venezuela; e, no terceiro, Bolívia e Equador.

“Entretanto, não é possível comparar Bachelet e Kirchner: enquanto a presidente do Chile vem de um partido socialista de um país com traços muito específicos, o representante argentino não tem tradição de esquerda.” Céli afirma que Kirchner foi um candidato inexpressivo, tendo chegado ao poder com apenas 20% dos votos. Quanto a Lula, ela considera que seu governo é de centro-esquerda, ainda que o PT tenha sempre se apoiado em movimentos populares, como o Movimento dos Agricultores Sem Terra (MST).

Para a cientista política, Hugo Chávez é um militar que não conseguiu dar um golpe de estado, mas acabou se elegendo em um momento favorável à Venezuela. Em função das guerras no Oriente Médio, principalmente no Iraque, o preço do petróleo foi às alturas, e Chávez ficou numa posição propícia para fazer políticas sociais e tornar-se popular. Ele está criando o chavismo, assim como, no passado, outros governos populistas criaram suas siglas: justicialismo de Juan Perón/Argentina e aprismo de Haya de La Torre/Peru.

Tais características de Chávez o distanciam do processo boliviano, “pois Evo Morales é um representante de movimentos sociais pobres, principalmente dos cocaleros”. Segundo Céli, sempre que existe base de militância – seja partidária ou de movimentos sociais – está nascendo um líder popular, mas nem todo líder popular é populista. Nesse sentido, ela arrisca afirmar que o presidente eleito no Equador, Rafael Correa, é um fenômeno semelhante a Evo Morales. “Tem o apoio do Movimento Pachakutik, da Esquerda Democrática e do Movimento Popular Democrático, e quer convocar uma nova constituinte.”

ELEIÇAO PRESIDENCIAL BRASIL 2010




Possíveis candidaturas

Partidos grandes

Possível candidato(a)Idade em 2010Atual filiação partidáriaAtual cargo públicoCurso de formação secundáriaLocal de graduação

Aécio Neves
50 anosPartido da Social Democracia Brasileira (PSDB)Governador de Minas GeraisEconomiaPontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG)

Cristovam Buarque
66 anosPartido Democrático Trabalhista (PDT)Senador, ex-governador do Distrito FederalEngenharia mecânicaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Dilma Rousseff
63 anosPartido dos Trabalhadores (PT)Ministra da Casa CivilEconomiaUniversidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)


Geraldo Alckmin
58 anosPartido da Social Democracia Brasileira (PSDB)Nenhum, ex-governador de São PauloMedicinaUniversidade de Taubaté (UNITAU)

Gilberto Kassab
50 anosDemocratas (DEM)Prefeito da cidade de São PauloEngenharia Civil e EconomiaUniversidade de São Paulo (USP)

Jaques Wagner
59 anosPartido dos Trabalhadores (PT)Governador da BahiaEngenharia (incompleto)Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ)

José Serra
68 anosPartido da Social Democracia Brasileira (PSDB)Governador de São PauloEconomiaComissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL)

Yeda Crusius
66 anosPartido da Social Democracia Brasileira (PSDB)Governadora do Rio Grande do SulEconomiaUniversidade de São Paulo (USP)

Partidos médios e pequenos

Possível candidato(a)Idade em 2010Atual filiação partidáriaAtual cargo governamentalCurso de formação secundáriaLocal de graduação

Ciro Gomes
53 anosPartido Socialista Brasileiro (PSB)Deputado federal pelo CearáDireitoUniversidade Federal do Ceará (UFCE)

Heloísa Helena
48 anosPartido Socialismo e Liberdade (PSOL)Nenhum, ex-senadora pelo AlagoasEnfermagemUniversidade Federal de Alagoas (UFAL)
José Maria Eymael71 anosPartido Social Democrata Cristão (PSDC)Nenhum, ex-deputado federal por São PauloDireito e História NaturalPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS)

Luciano Bivar
66 anosPartido Social Liberal (PSL)Nenhum, ex-deputado federal pelo PernambucoDireitoUniversidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
Rui Costa Pimenta53 anosPartido da Causa Operária (PCO)NenhumJornalismoFaculdade Cásper Líbero (FCL)

Jogos Olímpicos


Origem dos Jogos Olímpicos


Foram os gregos que criaram os Jogos Olímpicos. Por volta de 2500 AC, os gregos faziam homenagens aos deuses, principalmente Zeus. Atletas das cidades-estados gregas se reunião na cidade de Olímpia para disputarem diversas competições esportivas: atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo ( luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros.
Além da religiosidade, os gregos buscavam através dos jogos olímpicos a paz e a harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega. Mostra também a importância que os gregos davam aos esportes e a manutenção de um corpo saudável.
No ano de 392 AC, os Jogos Olímpicos e quaisquer manifestações religiosas do
politeísmo grego foram proibidos pelo imperador romano Teodósio I, após converter-se para o cristianismo.

Jogos Olímpicos da Era Moderna
No ano 1896, os Jogos Olímpicos são retomados em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy , conhecido com o barão de Coubertin. Nesta primeira Olimpíada da Era Moderna, participam 285 atletas de 13 países, disputando provas de atletismo,
esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis. Os vencedores das provas foram premiados com medalhas de ouro e um ramo de oliveira.

Jogos Olímpicos e Política
As Olimpíadas, em função de sua visibilidade na mídia, serviram de palco de manifestações políticas, desvirtuando seu principal objetivo de promover a paz e a amizade entre os povos. Nas Olimpíadas de Berlim (1936), o chanceler alemão Adolf Hitler, movido pela idéia de superioridade da raça ariana, não ficou para a premiação do atleta norte-americano negro Jesse Owens, que ganhou quatro medalhas de ouro. Nas Olimpíadas da
Alemanha em Munique (1972), um atentado do grupo terrorista palestino Setembro Negro, matou 11 atletas da delegação de Israel. A partir deste fato, todos os Jogos Olímpicos ganharam uma preocupação com a segurança dos atletas e dos envolvidos nos jogos.

História em Quadrinhos


HISTORIA EM QUADRINHOS NO BRASIL

A publicação de histórias em quadrinhos no Brasil começou no início do seculo XX. No país o estilo comics dos super-heróis americanos é o predominante, mas vem perdendo espaço para uma expansão muito rápida dos quadrinhos japoneses (conhecidos como Mangá). Artistas brasileiros têm trabalhado com ambos os estilos. No caso dos comics alguns já conquistaram fama internacional (como Roger Cruz que desenhou X-Men e Mike Deodato que desenhou Thor, Mulher Maravilha e outros).

A única vertente dos quadrinhos da qual se pode dizer que desenvolveu-se um conjunto de características profundamente nacional é a tira. Apesar de não ser originária do Brasil, no país ela desenvolveu características diferenciadas. Sob a influência da rebeldia contra a ditadura durante os anos 60 e mais tarde de grandes nomes dos quadrinhos underground nos 80 (muitos dos quais ainda em atividade), a tira brasileira ganhou uma personalidade muito mais "ácida" e menos comportada do que a americana.