sábado, 16 de agosto de 2008

César Cielo é ouro nos 50m livre e faz história na piscina do Cubo d'Água


O nadador César Cielo Filho conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim e levou o país ao lugar mais alto do pódio pela primeira vez na história da natação olímpica, ao vencer a prova dos 50 metros livre.

O brasileiro, de 21 anos, completou a prova no Cubo D'Água com o tempo de 21.30, novo recorde olímpico da prova e que ficou apenas dois centésimos acima do recorde mundial. Os franceses Amaury Leveaux (21.45) e Alain Bernard (21.49) foram os outros medalhistas.

Esta é a segunda medalha de Cielo em Pequim, depois do bronze nos 100 m livre. A natação do Brasil já conquistou 11 medalhas em Olimpíadas, mas esta foi a primeira dourada.

Agora o país tem cinco medalhas nos Jogos Olímpicos de Pequim, uma de ouro e quatro de bronze. Além dos dois pódios de Cielo, o país conquistou três terceiros lugares no judô.

O nadador paulista, que estuda em Auburn, nos Estados Unidos, declarou ao sair da piscina que este é o melhor dia da vida dele.

"Estou muito feliz, estava um pouco nervoso antes da prova, mas foi minha melhor prova", disse Cielo à AFP Cielo.

"Os três anos que passei longe da minha família valeram a pena", disse. "Hoje sou um campeão olímpico", completou.

Na área da imprensa ele foi cercado por dirigentes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que comemoraram muito a medalha de ouro.

O atleta de Santa Bárbara do Oeste nadou na raia 4 por ter feito o melhor tempo das semifinais, e cumpriu a promessa que havia feito depois de conquistar o bronze nos 100 m livre.

Ao perceber que havia vencido a prova, explodiu de alegria e emoção. Mais tarde, no pódio, não conteve as lágrimas ao ouvir o hino nacional e foi muito aplaudido pelo público.

Ao descer do pódio foi abraçado pelos atletas da equipe brasileira de natação, que invadiram a área dos medalhistas.

As medalhas de Pequim também servem para Cielo superar o trauma do Mundial de Melbourne-2007, em que foi o quarto colocado nos 100 m livre, apenas um centésimo atrás do terceiro.

O nadador havia declarado poucos dias antes do início das Olimpíadas que a piscina do Cubo D'Água de Pequim parecia ter 48 metros e não os tradicionais 50, devido à facilidade de deslocamento.

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