A consagração olímpica de Maurren Maggi chegou oito anos depois de sair dos Jogos de Sydney-2000 machucada e cinco após o pesadelo de 2003. Na manhã desta sexta-feira (noite em Pequim), a brasileira exorcizou definitivamente seus demônios. Com um salto de 7,04 m logo em sua primeira tentativa, conquistou nos Jogos Olímpicos de Pequim a primeira medalha de ouro feminina do Brasil.
A saltadora superou feito conquistado pela judoca Ketleyn Quadros, que faturou também na China a primeira medalha brasileira individual, com o bronze. Antes de 2008, nenhuma atleta do país havia superado o quarto lugar. A primeira a alcançar este resultado foi Aída dos Santos no salto em altura, em Tóquio-1964. Quarenta anos depois, Natália Falavigna ocupou este posto na categoria acima de 67 kg do taekwondo, após ser derrotada pela venezuelana Adriana Carmona.
Apenas em sua segunda participação olímpica, apesar dos 32 anos, a atleta vai ao pódio pela primeira vez para coroar uma das carreiras mais bem sucedidas e conturbadas do esporte nacional. Até chegar ao atual ciclo olímpico, Maurren Maggi viveu um verdadeiro calvário.
Nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, ela chegou como uma das favoritas ao ouro. Sua marca até então, 7,26 m, de junho de 1999, a colocava no seleto grupo das atletas que passaram dos 7 metros. A marca é tão boa que, desde então, somente três atletas saltaram mais longe em todo o planeta, todas russas: Tatyana Kotova (7,42 m em 2002), Tatyana Lebedeva (7,33 m em 2004) e Irina Simagina (7,27 m em 2004).Nos Jogos, porém, Maurren decepcionou. Ainda nas eliminatórias, sofreu uma contusão muscular. Voltou apenas com a 25ª marca e sob uma avalanche de críticas. O motivo? A delegação do Brasil deixou a Austrália sem ouros e o título olímpico ficou com Heike Drechsler, da Alemanha, com meros 6,99 m.
Depois, veio o maior drama da carreira da atleta. Em 2003, logo às vésperas do Pan-Americano de Santo Domingo, em que tentaria repetir suas duas medalhas de Winnipeg-1999. Um teste antidoping, no entanto, apontou resultado positivo para clostebol, componente de uma pomada cicatrizante usada pela atleta. O caso a tirou não só do Pan, mas das Olimpíadas de Atenas-2004.Na época de Santo Domingo, Maurren possuía o melhor salto da temporada e, com a suspensão de dois anos imposta pela Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo), resolveu abandonar o atletismo. Foi morar em Mônaco com o piloto Antonio Pizzonia, com quem teve Sophia. A filha foi uma das viradas na vida de Maurren. A mãe abandonou o conturbado casamento, voltou para São Paulo e para as pistas do Ibirapuera, competindo a partir do início de 2006.
A evolução até Pequim foi gradual. “A volta foi dolorosa, tanto na parte física como mental. Mas por ela, valeu", disse, referindo-se à filha. As marcas lentamente evoluíram e a paulista se apresentou mais consistente do que antes. Em 2007, conseguiu o ouro no Pan-Americano passando a colega de treinos Keila Costa, mas ainda abaixo dos sete metros. No Mundial, foi sexta, tendo feito 6,95 m nas eliminatórias. Este ano, finalmente mostrou em uma competição seu potencial. No Mundial Indoor, foi prata, atrás apenas da portuguesa Naíde Gomes, dona do melhor salto da temporada (7,12 m), que falhou ao tentar se classificar nas eliminatórias.
Na China, a saltadora chegou embalada. No Troféu Brasil, que definiu a equipe brasileira de atletismo para os Jogos, marcou 6,99 m, apenas um centímetro da meta dos 7 metros, apontada por todos como suficiente para levar a medalha olímpica. “Ela está na melhor fase da carreira dela”, avisou o técnico Nélio Moura. Quem esteve no estádio olímpico de Pequim pôde comprovar.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Maurren Maggi voa e garante a segunda medalha de ouro do Brasil por 1cm
Medalha de bronze leva nove do time olímpico às eliminatórias
Nove atletas que disputaram os Jogos Olímpicos na China neste mês de agosto e conquistaram a medalha de bronze estarão presentes nos compromissos diante de chilenos e bolivianos. São eles: Renan, Rafinha, Alex Silva, Lucas, Anderson, Diego, Ronaldinho , Rafael Sóbis e Jô.Uma das novidades da convocação é o lateral-esquerdo Juan, do Flamengo. O meia Ronaldinho Gaúcho, afastado das últimas listas da equipe principal, também foi chamado. Por outro lado, o atacante Alexandre Pato, que perdeu a posição de titular durante a Olimpíada, está fora."Convocamos o Ronaldinho [para a Olimpíada] pensando também na seqüência de trabalho na seleção. Ele representou muito para o grupo fora de campo e correspondeu aqui", indicou Dunga antes de anunciar o nome dos jogadores para os próximos jogos.Uma das ausências esperadas que se confirmou é a de Kaká. O jogador do Milan ainda se recupera de uma tendinite no joelho esquerdo. O atacante Adriano, que foi chamado para os jogos contra Paraguai e Argentina, também não foi incluído nesta relação. O Imperador sofre com um problema muscular.O Brasil enfrenta o Chile em Santiago em 7 de setembro, em jogo válido pela sétima rodada do torneio qualificatório da América do Sul. Três dias depois, a seleção recebe a Bolívia no Rio de Janeiro, em compromisso agendado para o estádio João Havelange, o Engenhão.A seleção vem de rodada dupla infeliz em sua última aparição nas eliminatórias sul-americanas. Em junho passado, a equipe de Dunga foi derrotada pelo Paraguai em Assunção (2 a 0) e empatou com a Argentina em Belo Horizonte (0 a 0).O desempenho nos últimos jogos deixou os brasileiros na quinta colocação, fora do pelotão de classificação do continente para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, entre os quatro primeiros.Os brasileiros somam até o momento 9 pontos, quatro a menos em relação ao líder Paraguai, e ainda atrás de Argentina (11), Colômbia (10) e Chile (10).As quatro melhores seleções ao final da disputa das eliminatórias da América do Sul se classificam para a Copa, enquanto que a equipe quinta colocada terá o direito de brigar por uma vaga no Mundial através de uma repescagem.
Brail vence Itália, vai à final do vôlei e tem chance de se vingar dos EUA
Depois de um primeiro set ruim, a equipe brasileira se encontrou em quadra. Com grandes atuações do ponteiro Giba e do meio-de-rede Gustavo, o time mostrou pela primeira vez na China porque domina o cenário internacional do vôlei há sete anos. E por que é o favorito ao ouro em Pequim.
Na final olímpica pela segunda vez seguida, a equipe do técnico Bernardinho terá pela frente um adversário que está engasgado: os Estados Unidos, responsáveis pela eliminação do Brasil na semifinal da Liga Mundial no Rio de Janeiro, no mês passado.
Favorito, Brasil enfrenta os EUA por glória máxima no vôlei feminino
Uma glória rara entre as mulheres do país. Até hoje, apenas Jackie Silva e Sandra Pires, no vôlei de praia em Atlanta-1996, e Maurren Maggi, nesta sexta no salto em distância em Pequim-2008, conseguiram subir ao topo do pódio.
Pela 1ª vez, Brasil coloca 2 duplas masculinas no pódio do vôlei de praia
Na Arena de Chaoyang, em um dia de muito calor, Márcio e Fábio Luiz conquistaram a medalha de prata, enquanto Ricardo e Emanuel ficaram com o bronze. Os campeões foram os norte-americanos Phil Dalhausser e Todd Rogers.
"Eu estou muito feliz. Essas duas medalhas são importantes para o vôlei de praia brasileiro", disse Fábio Luiz após a derrota para a dupla dos Estados Unidos na final.
Brasileiros no vôlei de praia
Campanha de Márcio/Fábio Luiz
Cinco vitórias e duas derrotas em Pequim
Campanha de Ricardo/Emanuel
Seis vitórias e uma derrota em Pequim
Medalhas na história
quatro
Maior medalhista
Ricardo (3)
Já as meninas, que passaram em branco em Pequim, dominaram o pódio em edições anteriores. Na estréia da modalidade nos Jogos, em Atlanta-1996, o Brasil fez uma dobradinha, com o ouro de Jackie Silva/Sandra Pires e a prata de Adriana Samuel/Mônica.
Em Sydney-2000, mais duas duplas foram ao pódio: Adriana Behar e Shelda conquistaram a prata, enquanto Adriana Samuel e Sandra Pires ficaram com o bronze. Já em Atenas-2004, a única medalha das mulheres no vôlei de praia foi a prata de Adriana Behar e Shelda.
Em Pequim, o tabu dos homens foi quebrado após a vitória de Ricardo e Emanuel sobre os brasileiros naturalizados georgianos Jorge e Renatão por 2 sets a 0, com parciais de 21-15 e 21-10, em 36 minutos.
"Conquistar esta medalha é uma coisa magnífica. Ela é tão importante quanto as outras. A de ouro marca mais porque é mais valorizada, mas para mim, como atleta, as três têm o mesmo valor", disse Ricardo.
Na decisão do ouro, Márcio e Fábio Luiz tiveram a chance de ganhar dos norte-americanos. A dupla do Brasil fez um confronto equilibrado nos dois primeiros sets, mas errou bastante no tie-break e acabou derrotada por 2 a 1, com parciais de 23-21, 17-21 e 15-4, em uma hora e sete minutos.
"A gente esperava jogar bem para representar bem o Brasil. É claro que esperávamos algo mais na final, queríamos a medalha de ouro. O time lutou muito e a vitória americana foi mérito deles", disse Fábio Luiz.
domingo, 17 de agosto de 2008
Renata e Talita eliminam australianas e enfrentam May e Walsh na semi
Invictas na competição, as brasileiras tiveram dificuldades contra o forte bloqueio australiano, mas fecharam o jogo em 2 sets a 0, parciais de 24-22 e 21-14.
Agora, por uma vaga na final, a dupla nacional terá pela frente as norte-americanas Misty May e Kerri Walsh, que eliminaram Larissa e Ana Paula nas quartas-de-final e são consideradas as favoritas ao ouro. O jogo será disputado no sábado.
A partida foi uma verdadeira guerra na rede. Apesar das dificuldades de passar pelo bloqueio de Tamsin Barnett, de 1,93 m, as brasileiras chegaram a abrir seis pontos no meio do primeiro set, fazendo 13 a 7. Após um pedido de tempo das australianas, porém, as brasileiras se perderam.
Renata e Talita chegaram a fazer 20 a 18, mas bloqueios sucessivos de Barnett levaram a dupla da Oceania à vantagem, 21 a 20. Foi aí que Talita, com 1,81 m, começou a fazer a diferença. Com o bloqueio brasileiro agora funcionando, elas fecharam a primeira parcial em 24 a 22.
No segundo set, as brasileiras superaram a pane do primeiro set. Depois de algumas belas defesas de Cook e do bloqueio de Barnett mais uma vez funcionar, as brasileiras se controlaram e chegaram a abrir 10 a 7.
Com uma vantagem de 17 a 10 no marcador, a confiança ficou alta para as brasileiras, e as australianas erraram mais do que o comum. Com o saque forçado, Renata e Talita fizeram 21 a 14 e foram às semifinais na estréia da dupla em Olimpíadas.
Na outra semifinal estarão as duas duplas chinesas. Aproveitando a força da torcida que lotou a arena do parque de Chaoyang, as jogadoras locais não deram chance para as adversárias. Primeiro foi a vez de Tian Jia e Wang, que bateram as irmãs austríacas Doris e Stefanie Schwaiger. Suas rivais serão as jovens Xue e Zhang Xi, que bateram, com facilidade, as norte-americanas Branagh e Youngs.
Cercada de grande expectativa, ginástica artística do Brasil decepciona em Pequim
Jade é décima no individual geral, e equipe feminina vai à inédita final.
Uma das maiores esperanças de medalhas em Pequim, a equipe brasileira de ginástica artística retornará de mãos vazias. Neste domingo, Diego Hypolito e Daiane dos Santos, no solo, e Jade Barbosa, no salto sobre o cavalo, encerraram, sem sucesso, a participação do Brasil na competição.
Bicampeão mundial no solo e apontado como grande favorito, Diego Hypolito se classificou para a final com a primeira nota do aparelho, Ele optou por uma série conservadora para a decisão, deixando de lado o salto "Hypolito", considerado muito arriscado. O brasileiro fazia uma boa apresentação, mas caiu na última aterrissagem e desperdiçou qualquer chance de brigar por uma medalha. Perplexo, ele sequer saudou o público ao se levantar. Depois, chorou e foi sincero ao falar sobre seu sexto lugar.
- Estou decepcionado. Não sei o que aconteceu. Eu estou na minha melhor fase. Não acreditei quando caí, simplesmente não acreditei. Eu, mais do que qualquer pessoa, queria muito essa medalha. Peço desculpas aos brasileiros que acreditaram em mim, mas dessa vez não deu – disse o ginasta, de 21 anos, em entrevista à TV Globo.
Se decepção é uma palavra forte para resumir a campanha de Jade Barbosa, fica a impressão também que a ginasta poderia ter obtido resultados melhores. Bronze no individual geral no Mundial de Stuttgart, no ano passado, a atleta de 17 anos ficou em décimo lugar em Pequim. Jade também não foi bem no solo, uma de suas especialidades, e sequer chegou à final. Depois, no salto sobre o cavalo, errou nas suas duas passagens e acabou em sétimo.
Na disputa por equipes, Jade compôs a equipe brasileira que, ao lado de Daniele Hypolito, Ana Cláudia Silva, Daiane dos Santos, Laís Souza e Ethiene Franco, classificou-se pela primeira vez para uma decisão olímpica. O oitavo e último lugar na final, se não pode ser visto como ruim, também não chega a empolgar, já que o Brasil terminou em quinto no último Mundial.
Desacreditada pelo técnico, Daiane é a única a fazer a final do solo
A última chance de medalha do Brasil veio representada por Daiane Santos no solo. A brasileira fazia uma apresentação boa, mas pisou duas vezes fora da área delimitada e terminou em sexto lugar. Decepção? Não desta vez, já que a ginasta não era apontada nem pelo próprio técnico, o ucraniano Oleg Ostapenko, como uma das credenciadas a subir ao pódo. Porém, aos 25 anos, Daiane dificilmente voltará a participar das Olimpíadas. E deve ter se lembrado de Atenas, quando era favoritíssima no solo, mas errou e acabou somente em quinto lugar.
sábado, 16 de agosto de 2008
Ricardo/Emanuel salva match points, vence russos e segue na briga pelo bi
Brasil vence jogo de força com a Polonia e se classifica no vôlei
Com o resultado, a seleção brasileira chegou aos sete pontos no grupo B, com três vitórias e uma derrota. A equipe divide a segunda colocação com a Polônia, mas leva vantagem no critério de ponto average. A Rússia, com oito pontos (quatro vitórias), lidera a chave.
Na última rodada, na segunda-feira, o Brasil vai tentar ficar com o primeiro lugar do grupo. Para isso, os poloneses precisam vencer a Rússia, em confronto direto, e os brasileiros derrotarem a Alemanha com boa margem para decidir no quesito de desempate.
Se a liderança escapar, a seleção brasileira deve ficar em segundo ou terceiro e ter um caminho mais difícil nas quartas-de-final. O duelo mais provável, neste caso, é contra Itália ou Bulgária - uma garantia de partida eletrizante.
A boa notícia para os brasileiros é que o ponta Giba, poupado nas partidas contra Sérvia e Rússia por causa de uma tendinite no ombro direito, jogou normalmente neste sábado. O atleta, que havia entrado apenas nos pontos finais na derrota para os russos, participou dos três sets contra a Polônia.
"O ombro está cada dia melhor. Hoje não atrapalhou em momento nenhum", disse Giba, maior pontuador da partida com 16 acertos.
Os poloneses tinham uma única tática para derrotar o Brasil: sacar forte para quebrar o passe. Os três primeiros serviços da Polônia pararam na rede. Quando a equipe européia finalmente conseguiu acertar o saque complicou a defesa brasileira. Aproveitando também a força do ataque do oposto Winiarski, a Polônia abriu uma pequena vantagem na parcial. O Brasil, entretanto, achou uma maneira de segurar a força do adversário.
Um ataque de André Nascimento fez com que o time do técnico Bernardinho passasse à frente do marcador (17-16). Mas a Polônia não se rendeu, e recuperou a vantagem com um bloqueio em Dante (21-20). No final do set, os dois times tiveram chance para fechar. O Brasil acabou levando a melhor e, com um ataque de fundo de Dante, fez 30 a 28 em 32 minutos.
A vitória brasileira desestabilizou a Polônia, que mesmo com o apoio de sua barulhenta torcida não conseguiu complicar a vida do Brasil no segundo set. No meio da parcial, Bernardinho ainda colocou Murilo no lugar de Dante.
Com um bom saque e uma defesa organizada, a seleção brasileira seguiu tranqüila em quadra. O levantador Bruninho entrou no final do set e fez o ponto decisivo, 25-19, com um ace.
No terceiro set, o jeito seguiu levando vantagem sobre a força. Enquanto os ataques potentes dos poloneses iam para fora ou ficavam no bloqueio na maioria das vezes, as bolas "marotas" dos brasileiros iam ao chão. Um ataque de Gustavo definiu o jogo em 25-19.
"Acho que jogamos melhor do que nas finais da Liga Mundial ou na partida contra a Rússia", analisou o técnico Bernardinho.
César Cielo é ouro nos 50m livre e faz história na piscina do Cubo d'Água
O brasileiro, de 21 anos, completou a prova no Cubo D'Água com o tempo de 21.30, novo recorde olímpico da prova e que ficou apenas dois centésimos acima do recorde mundial. Os franceses Amaury Leveaux (21.45) e Alain Bernard (21.49) foram os outros medalhistas.
Esta é a segunda medalha de Cielo em Pequim, depois do bronze nos 100 m livre. A natação do Brasil já conquistou 11 medalhas em Olimpíadas, mas esta foi a primeira dourada.
Agora o país tem cinco medalhas nos Jogos Olímpicos de Pequim, uma de ouro e quatro de bronze. Além dos dois pódios de Cielo, o país conquistou três terceiros lugares no judô.
O nadador paulista, que estuda em Auburn, nos Estados Unidos, declarou ao sair da piscina que este é o melhor dia da vida dele.
"Estou muito feliz, estava um pouco nervoso antes da prova, mas foi minha melhor prova", disse Cielo à AFP Cielo.
"Os três anos que passei longe da minha família valeram a pena", disse. "Hoje sou um campeão olímpico", completou.
Na área da imprensa ele foi cercado por dirigentes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que comemoraram muito a medalha de ouro.
O atleta de Santa Bárbara do Oeste nadou na raia 4 por ter feito o melhor tempo das semifinais, e cumpriu a promessa que havia feito depois de conquistar o bronze nos 100 m livre.
Ao perceber que havia vencido a prova, explodiu de alegria e emoção. Mais tarde, no pódio, não conteve as lágrimas ao ouvir o hino nacional e foi muito aplaudido pelo público.
Ao descer do pódio foi abraçado pelos atletas da equipe brasileira de natação, que invadiram a área dos medalhistas.
As medalhas de Pequim também servem para Cielo superar o trauma do Mundial de Melbourne-2007, em que foi o quarto colocado nos 100 m livre, apenas um centésimo atrás do terceiro.
O nadador havia declarado poucos dias antes do início das Olimpíadas que a piscina do Cubo D'Água de Pequim parecia ter 48 metros e não os tradicionais 50, devido à facilidade de deslocamento.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Mascotes jogos olimpicos de pequim
Pequim 2008
O fenômeno Michael Phelps, que já venceu cinco provas nas Olimpíadas de Pequim, está a caminho do recorde de oito ouros em uma só edição, superando o compatriota Mark Spitz (Munique-1972), que tem sete. Faltam apenas três disputas: os 200m medley, os 100m borboleta e o revezamento 4x100m medley. Mas a tarefa do americano não será tão fácil. Os adversários e o cansaço podem dificultar a empreitada.
Ian Crocker (à esquerda), Laszlo Cseh e Ryan Lochte: estes podem ser os obstáculos de Michael Phelps.
A prova que será disputada às 23h48m desta quinta-feira (de Brasília), os 200m medley, não será tão complicada. Dois adversários, o americano Ryan Lochte e o húngaro Laszlo Cseh, podem incomodar (confira os tempos na tabela ao final do texto). Thiago Pereira corre por fora. - O Cseh já nadou os 200m borboleta na casa de 1m52s. Além disso, ele mostrou preparo nos 400m medley. O Lochte, por sua vez, vai nadar a final dos 200m costas 20 ou 30 minutos antes, e o cansaço pode atrapalhar. De repente, o Thiago pode conseguir um bronze. A disputa deve ficar mesmo entre o Phelps e o Cseh - diz Álvaro Taba, técnico do Pinheiros, primeiro a treinar o brasileiro César Cielo, medalha de bronze nos 100m livre em Pequim.
A prova mais fácil deve ser o revezamento 4x100m medley. Os Estados Unidos reinam absolutos na disputa, com as dez melhores marcas de todos os tempos. Desde 1982, apenas o país bateu os recordes mundiais. - A vitória dos Estados Unidos no 4x100m é barbada. Os americanos não têm adversários.
Para mim, este deverá ser o trabalho mais fácil de Phelps na busca pelas oito medalhas de ouro em Pequim.. O recorde mundial dos Estados Unidos nesta prova é quase quatro segundos melhor que o seu tempo de classificação para Pequim (3m30s68 contra 3m34s37). Mesmo assim, os americanos estão na primeira posição neste quesito. A Austrália é a segunda melhor, mas longe dos rivais.
O grande desafio de Michael Phelps será os 100m borboleta. Seu grande adversário nesta prova deve ser o compatriota Ian Crocker, um especialista na distância. Além disso, o nadador terá outro empecilho, o cansaço, enquanto o rival nada apenas esta prova em Pequim. - O Ian Crocker é o grande adversário nestas últimas provas. Ele é imprevisível e pode estragar a festa. O rival vai estar louco para ganhar, já que o Phelps vai estar mais cansado. Os americanos são muito competitivos e os dois vão querer esta medalha. A nadadora Mariana Brochado, comentarista do SporTV nas Olimpíadas de Pequim, acha que a motivação de Michael Phelps vai fazer a diferença. - Ele está muito empolgado e todos nos Estados Unidos e em Pequim torcem por ele. O Phelps está em sua melhor forma e sabe disso. Só uma zebra pode tirar este recorde dele. Mas acho que nem isso vai atrapalhar. Este resultado será muito bom para o esporte - diz Mariana.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Eleição de Obama pode despertar os EUA a questões políticas, diz professor
Décadas após os movimentos civis desencadeados pela eleição do presidente John F. Kennedy (1961-1963) e pelo líder afro-americano Martin Luther King --cuja morte fez 40 anos em 4 de abril-- uma eventual vitória do pré-candidato democrata Barack Obama nas eleições gerais de 4 de novembro pode desencadear um movimento sem precedentes na sociedade civil norte-americana, na opinião do professor de Harvard e ativista político Marshall Ganz.
"Eu acho que cerca de 40 anos após os assassinatos de [Martin Luther] King e de [John F.] Kennedy, que deixaram o país na escuridão, temos uma nova oportunidade," disse Ganz, que leciona em Harvard e faz pesquisas sobre liderança, organização e estratégia em movimentos e associações civis e políticas, em entrevista por telefone à Folha Online.
O especialista diz acreditar que a eleição de Obama seria uma "oportunidade para a sociedade americana voltar a ser protagonista de mudanças expressivas nos rumos do país".
"Quando John F. Kennedy foi eleito presidente, ele não teve a iniciativa de promover os direitos civis. Mas o fato de ele ser o presidente encorajou os líderes dos movimentos de direitos civis a mobilizarem suas bases. Eu acredito que o momento atual é o de aproveitar a oportunidade que a candidatura de Obama apresenta", diz o professor, que é PHD em sociologia por Harvard e antes de se tornar acadêmico, nas décadas de 1960 e 70, foi um ativista em sindicatos, organizações políticas, comunitárias e de direitos civis.
Para o analista, o tipo de liderança política que o senador Obama oferece ao país já foi experimentada de forma semelhante em outros momentos. "Nós a vimos em [Abraham] Lincoln, em [Franklin] Roosevelt (1933-1945) e em [Ronald] Reagan (1981-1989). Estes presidentes perceberam que mover a política em uma direção diferente significaria mexer com as tradições, valores e fontes morais mais profundos na cultura política deste país".
Esquerdas no poder na América Latina
Hugo Chávez (2000 e 2006); no Equador, Rafael Correa (2007).
Céli, que é professora do Departamento de Ciências Políticas do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS, destaca o desenvolvimento de bolsões de pobreza nos últimos anos como um dos aspectos importantes para o estabelecimento do atual quadro político. “O empobrecimento resultou do radicalismo neoliberal, e é justamente o aprofundamento desta desigualdade que une as esquerdas latino-americanas em torno de um único objetivo: superar o profundo fosso entre os ricos e os pobres.”
Mas os novos governos têm características muito próprias e podem ser classificados em três tipos de esquerda: a partidária, a populista e a dos movimentos sociais. No primeiro segmento, Céli inclui o Brasil, a Argentina e o Chile; no segundo, a
Venezuela; e, no terceiro, Bolívia e Equador.
“Entretanto, não é possível comparar Bachelet e Kirchner: enquanto a presidente do Chile vem de um partido socialista de um país com traços muito específicos, o representante argentino não tem tradição de esquerda.” Céli afirma que Kirchner foi um candidato inexpressivo, tendo chegado ao poder com apenas 20% dos votos. Quanto a Lula, ela considera que seu governo é de centro-esquerda, ainda que o PT tenha sempre se apoiado em movimentos populares, como o Movimento dos Agricultores Sem Terra (MST).
Para a cientista política, Hugo Chávez é um militar que não conseguiu dar um golpe de estado, mas acabou se elegendo em um momento favorável à Venezuela. Em função das guerras no Oriente Médio, principalmente no Iraque, o preço do petróleo foi às alturas, e Chávez ficou numa posição propícia para fazer políticas sociais e tornar-se popular. Ele está criando o chavismo, assim como, no passado, outros governos populistas criaram suas siglas: justicialismo de Juan Perón/Argentina e aprismo de Haya de La Torre/Peru.
Tais características de Chávez o distanciam do processo boliviano, “pois Evo Morales é um representante de movimentos sociais pobres, principalmente dos cocaleros”. Segundo Céli, sempre que existe base de militância – seja partidária ou de movimentos sociais – está nascendo um líder popular, mas nem todo líder popular é populista. Nesse sentido, ela arrisca afirmar que o presidente eleito no Equador, Rafael Correa, é um fenômeno semelhante a Evo Morales. “Tem o apoio do Movimento Pachakutik, da Esquerda Democrática e do Movimento Popular Democrático, e quer convocar uma nova constituinte.”
ELEIÇAO PRESIDENCIAL BRASIL 2010
Possíveis candidaturas
Possível candidato(a) | Idade em 2010 | Atual filiação partidária | Atual cargo público | Curso de formação secundária | Local de graduação | ||
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Aécio Neves | 50 anos | Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) | Governador de Minas Gerais | Economia | Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) | ||
Cristovam Buarque | 66 anos | Partido Democrático Trabalhista (PDT) | Senador, ex-governador do Distrito Federal | Engenharia mecânica | Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) | ||
Dilma Rousseff | 63 anos | Partido dos Trabalhadores (PT) | Ministra da Casa Civil | Economia | Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) | ||
Geraldo Alckmin | 58 anos | Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) | Nenhum, ex-governador de São Paulo | Medicina | Universidade de Taubaté (UNITAU) | ||
Gilberto Kassab | 50 anos | Democratas (DEM) | Prefeito da cidade de São Paulo | Engenharia Civil e Economia | Universidade de São Paulo (USP) | ||
Jaques Wagner | 59 anos | Partido dos Trabalhadores (PT) | Governador da Bahia | Engenharia (incompleto) | Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) | ||
José Serra | 68 anos | Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) | Governador de São Paulo | Economia | Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) | ||
Yeda Crusius | 66 anos | Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) | Governadora do Rio Grande do Sul | Economia | Universidade de São Paulo (USP) |
Partidos médios e pequenos
Possível candidato(a) | Idade em 2010 | Atual filiação partidária | Atual cargo governamental | Curso de formação secundária | Local de graduação | ||
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Ciro Gomes | 53 anos | Partido Socialista Brasileiro (PSB) | Deputado federal pelo Ceará | Direito | Universidade Federal do Ceará (UFCE) | ||
Heloísa Helena | 48 anos | Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) | Nenhum, ex-senadora pelo Alagoas | Enfermagem | Universidade Federal de Alagoas (UFAL) | ||
José Maria Eymael | 71 anos | Partido Social Democrata Cristão (PSDC) | Nenhum, ex-deputado federal por São Paulo | Direito e História Natural | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) | ||
Luciano Bivar | 66 anos | Partido Social Liberal (PSL) | Nenhum, ex-deputado federal pelo Pernambuco | Direito | Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) | ||
Rui Costa Pimenta | 53 anos | Partido da Causa Operária (PCO) | Nenhum | Jornalismo | Faculdade Cásper Líbero (FCL) |
Jogos Olímpicos
Origem dos Jogos Olímpicos
Foram os gregos que criaram os Jogos Olímpicos. Por volta de 2500 AC, os gregos faziam homenagens aos deuses, principalmente Zeus. Atletas das cidades-estados gregas se reunião na cidade de Olímpia para disputarem diversas competições esportivas: atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo ( luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros.
Além da religiosidade, os gregos buscavam através dos jogos olímpicos a paz e a harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega. Mostra também a importância que os gregos davam aos esportes e a manutenção de um corpo saudável.
No ano de 392 AC, os Jogos Olímpicos e quaisquer manifestações religiosas do politeísmo grego foram proibidos pelo imperador romano Teodósio I, após converter-se para o cristianismo.
Jogos Olímpicos da Era Moderna
No ano 1896, os Jogos Olímpicos são retomados em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy , conhecido com o barão de Coubertin. Nesta primeira Olimpíada da Era Moderna, participam 285 atletas de 13 países, disputando provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis. Os vencedores das provas foram premiados com medalhas de ouro e um ramo de oliveira.
Jogos Olímpicos e Política
As Olimpíadas, em função de sua visibilidade na mídia, serviram de palco de manifestações políticas, desvirtuando seu principal objetivo de promover a paz e a amizade entre os povos. Nas Olimpíadas de Berlim (1936), o chanceler alemão Adolf Hitler, movido pela idéia de superioridade da raça ariana, não ficou para a premiação do atleta norte-americano negro Jesse Owens, que ganhou quatro medalhas de ouro. Nas Olimpíadas da Alemanha em Munique (1972), um atentado do grupo terrorista palestino Setembro Negro, matou 11 atletas da delegação de Israel.
História em Quadrinhos
A publicação de histórias em quadrinhos no Brasil começou no início do seculo XX. No país o estilo comics dos super-heróis americanos é o predominante, mas vem perdendo espaço para uma expansão muito rápida dos quadrinhos japoneses (conhecidos como Mangá). Artistas brasileiros têm trabalhado com ambos os estilos. No caso dos comics alguns já conquistaram fama internacional (como Roger Cruz que desenhou X-Men e Mike Deodato que desenhou Thor, Mulher Maravilha e outros).
A única vertente dos quadrinhos da qual se pode dizer que desenvolveu-se um conjunto de características profundamente nacional é a tira. Apesar de não ser originária do Brasil, no país ela desenvolveu características diferenciadas. Sob a influência da rebeldia contra a ditadura durante os anos 60 e mais tarde de grandes nomes dos quadrinhos underground nos 80 (muitos dos quais ainda em atividade), a tira brasileira ganhou uma personalidade muito mais "ácida" e menos comportada do que a americana.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Violencia familiar
Mulheres: denúncias de agressão crescem 306%
Segundo estudo, busca por informação é maior
O medo de denunciar a violência doméstica está acabando. A Central de Atendimento a Mulher Ligue 180, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, registrou no ano passado 204.978 atendimentos, um aumento de 306% em relação ao ano de 2006. Os dados refletem a disposição da sociedade em banir a agressão à mulher.
Foram feitas 117.436 (57,3%) ligações registradas correspondentes a encaminhamentos para setores especializados que possam cuidar do problema da vítima e 20.050 (9,8%) denúncias diretas contra agressões.
Maria da Penha
Para Cecília Soares presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim), a busca por informação não deve ser vista como aumento da agressão.
A Lei Maria da Penha, sancionada em agosto de 2006, foi muito divulgada por diversos meios de comunicação, portanto, não podemos associar o aumento de ligações pelo aumento de agressões, mas sim ao aumento de infomação da mulher brasileira – explica.
Os números comprovam a tese de Cecília. De fato, 66.176 (32,3%) atendimentos correspondem a busca por informação sobre a Lei Maria da Penha, que coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher. A lei foi aprovada em homenagem a dona de casa de Fortaleza que sofreu seguidas agressões do marido ao longo de seis anos, incluido duas tentativas de homicídio. Há, inclusive, uma homenagem da cantora Alcione, que gravou a canção Maria da Penha.
A letra da música mostra o repúdio à violência doméstica, sofrida por milhares de mulheres por todo o país. No Rio de Janeiro, os locais que mais recebem registro de agressão contra a mulher são nos locais de menor renda e escolaridade. Porém, afirma a presidente da Cedim, a baixa renda e baixa escolaridade não são determinantes na violência doméstica.
Existe essa tendência de associar a violência a baixa renda. Podem ser agravantes, mas tem muita mulher de classe média ou classe alta que sofre agressões do marido. Existe ainda aquele preconceito de que "delegacia não é lugar de mulher direita", então muitas delas preferem contratar um advogado do que denunciar o agressor na polícia. Elas devem registrar o crime na delegacia, não só para ajudar no estudo, mas para receber proteção, também – aconselha Cecília.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Brasília:Meio Ambiente
Brasília fica a 1.200 metros acima do nível do mar no chamado Planalto Central, cujo relevo é na maior parte plano, apresentando algumas leves ondulações. Fauna predominantemente típica de cerrado. Em alguns lugares da cidade é possível observar-se espécies de gimnospermas, como os pinheiros e também diversos tipos de árvores provenientes de outros biomas brasileiros.
O clima é tropical de altitude, com um verão úmido e chuvoso e um inverno seco e frio. A temperatura média anual é de cerca de 19,8°C, podendo chegar aos 29,7°C de média das máximas em setembro, e aos 12,5°C de média das mínimas nas madrugadas de inverno em julho.A temperatura, porém, varia de forma significativa nas áreas menos urbanizadas, onde a média das mínimas de inverno cai para cerca de 10°C a 5ºC. A umidade relativa do ar é de aproximadamente 70%, podendo chegar aos 20% ou menos no inverno.
Introdução
entre eles festas,artigos,entre outros..
Sejam bem vindos e voltem sempre.